Novembro Negro: Resistir sempre!

Conhecer e valorizar diversas manifestações artísticas e culturais locais que também são observadas em algumas comunidades africanas.

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Público-alvo

Ensino Fundamental - Anos iniciais

Tipo de prática

Gestão

Rede de Educação

Rede Municipal de São Francisco do Conde

Competências gerais mobilizadas

Autoconhecimento e autocuidado, Conhecimento, Repertório cultural

Fase de desenvolvimento

Prática Implementada

Nome da escola(s)

Arlete Magalhães

Tempo de duração: 20 dias

Objetivos específicos

  • Conhecer e compreender as manifestações artísticas e culturais locais afro brasileira;

  • Conhecer o cotidiano de algumas comunidades africanas a partir da visão dos estudantes da Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB);

  • Estimular a participação dos estudantes em práticas culturais e artísticas, desenvolvendo-lhes aptidões individuais ao mesmo tempo em que refletem sobre as questões étnicas/raciais de seu cotidiano;

  • Compreender a importância da valorização das manifestações culturais afro brasileira;

  • Provocar a interdisciplinaridade dos componentes curriculares nos estudos dos aspectos culturais afro-brasileiro.

Estratégia / Desenvolvimento

O Novembro Negro: resistir sempre! Foram um conjunto de ações que ocorreram no mês de novembro para que os nossos alunos pudessem conhecer o cotidiano de alguns países africanos, que falam a língua portuguesa, através de diálogos com os estudantes africanos da Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), no município de São Francisco do Conde/BA.

Concomitantemente, os professores de nossa escola, que funciona em tempo integral, também trabalharam com temas que abordavam questões étnico-raciais de forma interdisciplinar.

Na conclusão do projeto foram realizadas doze oficinas para que todos pudessem vivenciar práticas culturais e artísticas, além de desenvolvessem suas aptidões individuais ao mesmo tempo em que refletiam sobre as questões étnico-raciais de seu cotidiano.

Para a realização dos diálogos foi necessário um planejamento, levando em conta as habilidades de cada turma de acordo com a faixa etária, para isso, seria preciso para adequar o conteúdo e a linguagem a cada ano de ensino.

Desta forma, optamos para que os estudantes das turmas do 1° e 2° anos expressassem seus conhecimentos através de desenhos, enquanto que as turmas do 3°, 4° e 5° ano fizessem isto por meio de breves produções escritas.

Foram utilizados vídeos, previamente escolhidos pelos estudantes da UNILAB, com o objetivo de apresentar a vida cotidiana dos países africanos que falam língua portuguesa para que nossos alunos percebessem a diferença entre o imaginário popular e o que realmente há em África.

Ao final ele poderiam fazer a correlação de muitas coisas que são vistas em nosso município com o que é observada lá como: danças, brincadeiras, esportes, etc. Na realização das oficinas agrupamos as dez turmas existente na escola, formando cinco grupos com duas turmas em cada grupo, ficando assim: grupo 1, duas turmas do 1° ano, total 44 estudantes; grupo 2, duas turmas do 2° ano, total 44 estudantes; grupo 3, duas turmas do 3° ano, total 40 estudantes; grupo 4, duas turmas do 4° ano, total 40 estudantes; grupo 5, duas turmas do 5° ano, total 40 estudantes.

E assim, montou-se um cronograma de horários num período de dez dias para a realização dos diálogos. Durante o planejamento dos diálogos foi observado que os alunos deveriam sentar-se em roda porque é comum nas aldeias de muitos países africanos que os mais novos ouçam com atenção os mais velhos em sinal de respeito pelo conhecimento que estes possuem.

As oficinas foram escolhidas de acordo com as práticas local que envolvessem as questões étnicos-raciais, de autoestima e de autocuidado e culturais e artísticas. Os estudantes fizeram escolhas das oficinas que queriam participar.

E assim foram os procedimentos para a realização das ações do projeto “O Novembro Negro: resistir sempre! ”:

  • Diálogos

    Conexão Brasil X África: o cotidiano que nos une Objetivo: realizar diálogos e questionamentos sobre o cotidiano de algumas comunidades africanos a partir da visão dos Africanos estudantes da Universidade de Integração Internacional da Lusofonia Afro-brasileira (UNILAB). Orientações didáticas para os Diálogos

    • Para cada grupo, iniciar o Diálogo com o questionamento: o que os alunos imaginam que é a África?

    • A resposta para o questionamento deve ser dada com desenhos ou breves produções textuais (de acordo com as habilidades da turma);

    • A partir de então iniciar o debate com os estudantes com a contação de Conto Africano, exibição de vídeos com a apresentação do cotidiano dos países africanos que falam língua portuguesa;

    • Ao final do Diálogo com cada grupo os estudantes da UNILAB fizeram uma reflexão com a turma sobre as semelhanças dos aspectos culturais e artísticos vistos no vídeo. Os diálogos foram realizados entre os dias 04 a 25/11/2019 com as turmas do 1° ao 5° ano, conforme a disponibilidade de cada turma.

  • Componentes curriculares

    Paralelamente, os professores trabalham em seus componentes curriculares (Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia, Ciências, Filosofia, Artes, Dança, Música, Libras, Inglês, Teatro e Informática) temas relacionados à cultura afro brasileira de forma interdisciplinar;

  • Oficinas:

    Dia 22/11/2029 realizou-se oficinas em comemoração ao 20 de novembro. Oficinas realizadas:

    • Artesanatos

    • Turbantes

    • Instrumentos musicais

    • Tranças e penteados

    • Artes Visuais

    • Jogos e brincadeiras de origem africana

    • Representatividade em tela: filme Pantera Negra

    • Capoeira

    • Boneca Abayomi

    • Literatura: Colares da doce princesa negra

    • Culinária

    • Poesia: Nossa leitura sobre liberdade

Recursos necessários

Notebook, Data Show, TV, microfones, caixa de som, papel A4, canetas coloridas, lápis HB, lápis de cor, tintas guache, argila, miçangas, nylon para bijuterias, tecidos p decoração, tecidos para confecção de turbantes, pincéis, insumos culinários, tesouras.

Autores

CARLA FERREIRA DE CERQUEIRA
Coordenador/a Pedagógico/a
Ver referências bibliográficas

Aprendizado

Podemos dizer que os nossos estudantes já compreendem, valorizam e sabem explicar a importância das manifestações culturais afro brasileira existentes em suas comunidades;

Também já compreendem que África é um território extenso formado por vários países onde alguns falam a mesma língua que a nossa.

Relatos da experiência

A Escola Arlete Magalhães é uma escola de tempo integral localizada na sede do Município de São Francisco do Conde, com sua população de maioria negra, afro brasileira. O Município tem um grande legado cultural de influência africana, esses aspectos são trabalhados na unidade escolar durante todo ano letivo, mas é intensificado no mês de novembro. Assim, ao sentarmos com a equipe de professores e coordenadores para planejar as ações para o mês de novembro, levamos em conta o que fora discutido nos encontros do CIEDS. A partir das competências da BNCC, Conhecimento e Repertório Cultural e da Lei 10.639/2003, foi pensado nas realizações de ações que contemplassem a valorização das diversas manifestações culturais locais além de compará-las com as experiências trazidas pelos estudantes da UNILAB. Desta forma surgiu a ideia dos “Diálogos” onde os estudantes da Africanos trariam suas experiências de cotidiano para nossos estudantes. Os desafios encontrados foram a organização das atividades e dos horários com os estudantes da UNILAB, materiais e espaço para os diálogos, visto que aconteceram paralelamente à realização das aulas, a disponibilidade dos nossos professores para apoiar as atividades, atender as necessidades de cada turma visto que são crianças entre seis a doze anos. Contamos com a parceria dos próprios professores, pessoal do corpo administrativo da unidade escolar, nossa gestora que sempre está à frente de todo empreendimento que fazemos na escola, de pais de alunos e pessoas da comunidade que nos apoiaram em ministrar as oficinas.

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