Recontando Histórias

A expressão corporal, como uso de uma das formas de linguagem, tem um papel de destaque na estruturação do corpo, na construção da imagem de si mesmo e na melhoria da comunicação e da criatividade. As crianças partem do conhecimento de si mesmas e, posteriormente, passam a tomar mais consciência das limitações e possibilidades do próprio corpo, assim como o dos outros e dos objetivos que a rodeiam. Nesse sentido, oportunizar momentos em que os estudantes tenham a oportunidade se expressar tanto na linguagem verbal como não-verbal aumentam as possibilidades de comunicação assim como a capacidade de expressão. Essa prática centra nesses objetivos maiores da comunicação humana para ampliar as possibilidades de aprendizagem dos estudantes.

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Público-alvo

Ensino Fundamental - Anos iniciais

Tipo de prática

Docente

Rede de Educação

Rede Municipal de Itapebi

Competências gerais mobilizadas

Comunicação, Conhecimento, Pensamento científico, crítico e criativo

Fase de desenvolvimento

Ideia

Nome da escola(s)

Escola Municipal Professor Gênesis Neves Santos

Tempo de duração: 8 aulas

Objetivos específicos

  • Valorizar os conhecimentos sobre o mundo social e cultural

  • Exercitar a curiosidade intelectual e a sua criatividade

  • Utilizar diferentes linguagens

Estratégia / Desenvolvimento

  • Separar livros adequados à faixa etária. Coloque os estudantes em círculo.
    Como se trata de uma atividade que dialoga com atividade permanente de leitura, é saudável que os procedimentos iniciais estejam ancorados na atividade de leitura permanente. Desse modo, embora as histórias sejam diferentes e os procedimentos de leitura realizados pela professora seja distinto, é importante que os pequenos tenham um ritual que sinaliza que se trata de uma parte da rotina.

  • Deixe que eles manuseiem os livros. Caso seja possível, crie uma ambiência para esse momento de modo que eles fiquem confortáveis e possam deitar em almofadas e EVA ou tatame no chão, se houver a possibilidade de ter esses objetivos no ambiente. Caso não seja possível, trabalhar com carteiras e cadeiras em semi-círculo. Deixe que as crianças manuseiem os livros. Para essa atividade, sugere-se a leitura da crônica, o cachorro e o coelho. Inicie a leitura do título e questione as crianças sobre o que eles acreditam que a história vai tratar. fazendo os procedimentos de leitura adequados.

  • Apresente o portador textual, se você estiver com o livro. Caso não esteja, mostre a cópia impressa mas não deixe de explicar que as crônicas geralmente são escritas em jornais ou revistas de circulação diária e depois são compiladas, reunidas, em um livro.

  • Coloque o título do conto no quadro e questione sobre o que o texto tratará e anote em um quadro para posterior confirmação das antecipações que os alunos fizeram do texto: onde o texto circularia, quais seriam os possíveis leitores, do que a história se trata, etc. Esse texto tem uma peculiaridade, ele estabelece uma intergenericidade com o gênero fábula, pois além do título remeter aos conteúdos da fábula, o texto como um todo propõe uma reflexão moral. Além desse fato, um dos animais presentes na história é retratado como provido de sentimentos humanos. Por essa e tantas outras discussões que esse texto propicia, ele explora assuntos de grande valia para serem discutidos com os estudantes. Para isso, o professor selecionará no seu planejamento quais seriam as intencionalidades adequados aos seus estudantes.

  • Antes de iniciar a leitura, não se esqueça de relembrá-los sobre a ambiência necessária para esse momento de leitura silenciosa. Faça combinados e de preferência use um cartaz para definir os combinados coletivos. Peça aos alunos que iniciem a leitura silenciosa do texto. Após esse primeiro contato individual com o texto, determine um critério para a leitura compartilhada (por parágrafo, por exemplo) e peça ao aluno que leia o primeiro parágrafo. Espera-se que o professor já tenha feito em casa uma análise minuciosa do texto para que possa no momento de leitura compartilhada, ir parando e analisando parágrafo a parágrafo com os alunos a interpretação para cada trecho, salientando as retomadas anafóricas e catafóricas, os elementos coesivos, os conectivos que dão continuidade à estória, a construção dos parágrafos, enfim compartilhando com eles a leitura minuciosa do texto. Esse procedimento levará bastante tempo, talvez duas aulas.

  • Após a leitura, retome com os alunos as antecipações por eles realizadas, se foram confirmadas ou não. Pergunte a eles as características da crônica a partir do título, das características do texto, da construção dos personagens. Verifique se as antecipações foram confirmadas ou não. Construa coletivamente uma tabela com os elementos da narrativa: personagens, tempo, problematização da história ou complicação, clímax e desfecho. Essa tabela, sendo construída com eles, os levará a identificar e resgatar as partes do texto, procurando essas informações que estão no texto. Esses procedimentos os ajudarão na hora da dramatização e no momento de recontar a história em quadrinhos. Depois de toda a leitura compartilhada e da construção da tabela, indique os próximos passos: reconstruir a história por meio de histórias em quadrinhos.

  • A depender do grau de familiaridade dos estudantes com tirinha será necessário explorar um pouco esse gênero textual, buscando suas características.

  • Essa é uma etapa dessa prática que pode inclusive ter o apoio do componente curricular de Arte.
    Organize a turma nas aulas seguintes para essa criação. Sugere-se que seja reconstruído em grupos par partes da narrativa. Para tanto, os estudantes primeiro com a sua mediação planejarão como será a história em quadrinhos, quais os elementos da história que serão representados por meio de desenho e quais serão representados por meio de linguagem verbal e qual a melhor maneira de fazer isso numa história em quadrinhos. Após o planejamento, serão necessários que a classe toda, conjuntamente, defina o estilo da linguagem não verbal. Para tanto, você pode levar diferentes gibis de histórias em quadrinhos para eles verem e decidirem sobre qual o estilo eles optam. Esse procedimento é bem importante para que a montagem final tenha uma estética compatível que agrade a todos os estudantes envolvidos.

  • Ao final dessa produção que levará cerca de três aulas, os estudantes terão a possibilidade de montar a história em quadrinhos. Para tanto, pode-se organizar uma galeria com essa produção que poderá ser exibida para toda a escola e até mesmo para a comunidade.

  • A depender do tempo, essa atividade pode ser dramatizada num evento cultural promovido pela escola. Mas a opção por essa dramatização precisa ser avaliada na medida de sua contribuição para o desenvolvimento de habilidades ligadas à ampliação de repertório cultural, e sua contribuição para a ampliação de repertório de compreensão e expressão dos estudantes.  Culminância com todas as turmas

Recursos necessários

Livro
Caderno, lápis e quadro.
Papel a4, lápis de cor
Atividade impressa
Alunos caracterizados
Atividades impressas
Livros, papel a4
Exposição de todo trabalho produzido.

Autores

Escola Municipal Professor Gênesis Neves Santos
Equipe Cieds
Ver referências bibliográficas

Avaliação

O professor poderá utilizar o instrumento que julgar adequado para realizar a avaliação dos estudantes, mas o importante é avaliar cada estudante conforme sua própria evolução. Salutar também é pedir que ao término da sequência de atividades os estudantes possam se autoavaliar: o que eu sabia no início dessas aulas? o que eu aprendi? Como avalio o meu próprio conhecimento? (anexo 1). É importante salientar que os estudantes talvez não tenham maturidade para realizar uma autoavaliação, então é importante que o professor tenha registros que possam ajudar os estudantes nessa tarefa. Por isso, o professor deve anotar quais foram os elementos que o estudante demonstrou maior habilidade, inclusive nas rodas de conversa. A depender de suas habilidades comunicativas o que demonstrou evolução. Por exemplo é comum que no início os estudantes se sintam menos motivados a falarem, a argumentarem. Ao longo das atividades, essas habilidades foram ampliadas? Ele passou a expor mais? É possível perceber uma evolução no vocabulário de compreensão e de expressão? É importante destacar esses pontos para os estudantes. Para isso, é muito importante trazer evidências, como por exemplo: um aluno na autoavaliação fica muito centrado no seu desenvolvimento apenas de conhecimento, eu sabia isso e agora sei mais isso. Numa situação assim o professor se tiver feito registros poderá apoiar: percebi que você começou a utilizar as palavras xxxx ou as expressões yyyy, Percebi que você tinha uma tendência a ouvir pouco e passou a ouvir seus colegas respeitando os turnos de fala, entre outras intervenções que apoie o desenvolvimento gradativo da autoavaliação como propulsor do monitoramento da própria aprendizagem.

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